Como identificar mercados em alta e em baixa em 2026
Enquanto alguns especulam sobre quando “o Bitcoin voltará a disparar”, outros já estão agindo — porque sabem como interpretar o mercado. Não por meio de sinais do canal Telegram, mas por meio de dados que refletem verdadeiramente o sentimento do capital.
Na indústria de criptomoedas, a capacidade de distinguir entre fases de alta e baixa não é apenas conhecimento acadêmico, mas uma habilidade prática que determina quem vende em pânico e quem compra na baixa.
Neste artigo, vamos detalhar como identificar tendências, em quais indicadores confiar e por que o mercado se comporta de maneira diferente em 2025-2026 em relação ao passado.
Por que as regras antigas não funcionam mais
A fórmula clássica — “compre após a redução pela metade, venda no pico” — deixou de funcionar com a mesma eficácia. Em 2024, após o lançamento dos ETFs à vista, o mercado ficou mais lento, mais pesado e mais institucional.
Fundos como BlackRock e Fidelity não perseguem as “altcoins do dia” — eles entram sistematicamente e distribuem o capital ao longo de meses. O resultado: menos quedas bruscas, mas também menos “ganhos de 10x” em uma semana.
Este é um novo ciclo: prolongado, com várias mini-ondas e fases de consolidação prolongadas.
“Os traders de varejo ainda reagem emocionalmente, mas o dinheiro inteligente se move com base em dados fundamentais. Essa é a principal diferença na nova era institucional”, observa Lyn Alden, analista macro e autora de Lyn Alden Investment Strategy.
Como é um mercado em alta na prática
Um ciclo de alta não é apenas o aumento dos preços. É todo um ecossistema de sinais.
Os preços sobem, mas não “no ar”: o volume de negociação aumenta, o número de endereços ativos cresce, o TVL no DeFi se expande e as bolsas registram saídas líquidas — as moedas são transferidas para carteiras frias porque os investidores não planejam vender.
Em outubro de 2025, o mercado demonstra exatamente esse quadro:
- De acordo com o DappRadar, o TVL no DeFi atingiu um recorde de US$ 237 bilhões (terceiro trimestre de 2025), demonstrando um influxo sem precedentes de capital institucional:

- A capitalização das stablecoins atingiu um recorde histórico de US$ 314 bilhões (outubro de 2025) — isso é “pólvora seca” para compras futuras.
- Os influxos para ETFs à vista continuam — por exemplo, a BlackRock IBIT recebeu US$ 3,5 bilhões na primeira semana de outubro de 2025, estabelecendo um recorde entre todos os ETFs:

- O Bitcoin atualizou seu máximo histórico, atingindo US$ 126.080 (6 de outubro de 2025)
Todos esses indicadores formam uma base estável — não um “pico”, mas uma pressão estrutural ascendente.
Como entender quando uma fase de baixa começa
Um mercado em baixa raramente surge de repente — ele não começa com uma queda nos preços, mas com o cansaço dos participantes.
O TVL congela, as saídas das bolsas se transformam em entradas — as pessoas começam a movimentar moedas para vender.
O Índice de Medo e Ganância cai de “ganancioso” 80+ para 40–30, e as redes sociais se enchem de conversas sobre “realizar lucros”.
Nesses momentos, é importante não cair na ilusão de que “só mais um pouco — e vai subir de novo”.
A história mostra: quando o índice de ganância permanece alto por mais de três meses, o mercado está superaquecido.
E se isso for acompanhado por um aumento do interesse aberto em derivativos e taxas de financiamento positivas — o mercado já está à beira de ficar “superalavancado”.
“Os investidores muitas vezes confundem correção com reversão. Mas a reversão é sempre confirmada por saídas de capital — de ETFs, de DeFi, de moedas líquidas”, observa o analista macroeconômico e autor da Lyn Alden Investment Strategy.
Seis sinais-chave da fase do mercado
1. Estrutura da tendência
- Alta: série de máximas e mínimas mais altas
- Baixa: dinâmica oposta, suporte quebrado no volume
2. Fluxos na cadeia
- Saídas líquidas — sinal de alta
- Entradas líquidas — baixa
Onde verificar: CoinGlass Exchange Flows:

3. Coeficiente MVRV
- 3 — mercado superaquecido
- < 1 — fase de acumulação
- Onde verificar: CoinGlass Exchange Flows

4. Índice de medo e ganância
- < 20 — “medo”, frequentemente o fundo
- 75 — “ganância”, hora de realizar alguns lucros
Onde verificar: Alternative.me Índice de medo e ganância:

5. Fluxos de ETF
- Meses de fluxos líquidos → instituições construindo posições
- Semanas de fluxos de saída → cautela, consolidação
Onde verificar: SoSoValue:

6. Dominância do BTC
- Aumento da participação do Bitcoin — alta precoce ou baixa tardia
- Queda — temporada de altcoins e, normalmente, o fim da fase de alta
Onde verificar: TradingView Dominância do BTC:

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Como usar isso para sua estratégia
1. Crie seu painel de dados pessoal
TradingView + Glassnode + CoinGlass + DeFiLlama — isso é suficiente para ver a dinâmica real.
Ferramentas gratuitas:
- TradingView — gráficos e análise técnica
- Glassnode Studio (versão gratuita) — métricas on-chain
- CoinGlass — fluxos de câmbio, taxas de financiamento
- DeFiLlama — TVL em protocolos DeFi
- Alternative.me — Índice de Medo e Ganância
- Farside Investors — fluxos de ETF
2. Fique atento à “convergência de sinais”
Quando 4 dos 6 indicadores estiverem otimistas, aumente sua exposição ao mercado. Quando o oposto acontecer, realize seus lucros.
3. Aplique a disciplina DCA
Invista quantias iguais regularmente, mas ajuste a frequência: mais durante o medo, menos durante a euforia.
4. Tenha um plano de saída
Realize alguns lucros a cada duplicação da carteira — é chato, mas funciona.
5. Evite o “ruído”
As redes sociais sempre ficam para trás: se o TikTok diz que “todo mundo está comprando”, você provavelmente já está no meio do ciclo.
6. Use staking ou mineração em nuvem para obter renda passiva
Durante a consolidação do mercado, o staking permite que você obtenha renda enquanto mantém seus ativos. Ethereum, Solana, Cardano — opções populares com rendimentos anuais de 4 a 8%.
A mineração em nuvem também está mais relevante do que nunca, por exemplo, com a Gomining, onde você pode ganhar mesmo sem investimentos.
Lista de verificação: como entender em que fase o mercado se encontra agora
Mercado em alta (4+ sinais):
- ✅ BTC em alta, atualizando máximas locais
- ✅ Saídas líquidas das bolsas há mais de 2 semanas
- ✅ TVL em DeFi crescendo mais de 10% ao mês
- ✅ Índice de medo e ganância acima de 60
- ✅ ETFs registrando entradas de capital
- ✅ Dominância do BTC em alta (início do mercado em alta) ou em queda (temporada de altcoins)
Mercado em baixa (4+ sinais):
- ❌ Preço rompendo suportes importantes em volume
- ❌ Saídas líquidas das exchanges por mais de 2 semanas
- ❌ TVL em DeFi em queda ou estagnado
- ❌ Índice de Medo e Ganância abaixo de 40
- ❌ ETFs perdendo capital por semanas
- ❌ MVRV acima de 3 (superaquecido) ou abaixo de 1 (capitulação)

Erros comuns de iniciantes na análise de mercado
1. Olhar apenas para o preço
O preço é a consequência, não a causa. Capital, volumes, métricas on-chain — é isso que prevê o movimento. A BlackRock IBIT gerencia quase 1.000.000 de BTC — suas decisões movem o mercado.
2. Ignorar os fluxos institucionais
Se os ETFs estão despejando posições por 3 semanas seguidas e você está comprando na “queda” — você está indo contra a tendência.
3. Confundir correção com reversão
-20% em um mercado em alta é normal. A reversão é confirmada por mudanças estruturais em todas as métricas, não por um único dia vermelho.
4. Seguir a multidão nas redes sociais
Quando o TikTok grita “compre alts”, geralmente é tarde demais. O dinheiro inteligente entra em silêncio e sai em euforia.
5. Não realizar lucros
“Só mais um pouco” se transforma em -60% do pico. Realize lucros em partes — isso é disciplina, não fraqueza.
Regra 50/50: a cada duplicação da carteira, realize 25% do lucro e mantenha o restante.
6. Negligenciar a gestão de riscos
Mesmo em um mercado em alta, não coloque todos os fundos em um único ativo. A diversificação entre Bitcoin, Ethereum, tokens DeFi e stablecoins reduz os riscos.
Recomendação: 40% BTC, 30% ETH, 20% das 10 principais altcoins, 10% stablecoins.
Por que 2025–2026 é um ciclo especial
A principal variável é o efeito ETF.
Os participantes institucionais criaram uma reserva de liquidez que impede que os preços caiam tão drasticamente como antes.
Mesmo que o Fed volte a apertar a política monetária, a demanda por Bitcoin permanece estável: ela se tornou parte das carteiras de fundos, bancos e pensões.
Isso torna o ciclo atual menos volátil, mas mais prolongado.
Os valores máximos podem permanecer até o início de 2026, e a correção pode se estender sem se tornar uma queda.
Um fator adicional é o desenvolvimento da infraestrutura de mineração e o crescimento da taxa de hash da rede Bitcoin. Após a redução pela metade em 2024, os mineradores otimizaram os custos operacionais, o que estabilizou a rede e reduziu a pressão de venda.
O que esperar a seguir
Se a tendência continuar, o Bitcoin poderá testar a faixa de US$ 120.000 a US$ 150.000 até o quarto trimestre de 2025.
Ethereum — até US$ 10.000, e o TVL total do DeFi pode ultrapassar US$ 200 bilhões.
No entanto, após o período de euforia, o mercado vai esfriar, como de costume.
O segredo é não procurar um “mercado em alta eterno”.
O mercado respira em ciclos, e a tarefa do investidor é entender o ritmo, não adivinhar quando o acorde final soará.
Previsões dos analistas para 2026:
Conclusão
Reconhecer um mercado em alta ou em baixa não é uma questão de sorte, mas de disciplina.
Monitore estruturas, métricas on-chain e fluxos institucionais, e você será capaz de agir com calma quando os outros reagirem emocionalmente.
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October 31, 2025











